No sistema que liberta. O mesmo que prende.
Mas prende onde? Em penitenciárias? Nas ruas? Ou nas escolas?
Esse padrão que nos instrui pseudovalores existenciais sobre objetivos e conquistas.
Hoje estive preso dentro de um carro, em meio a ruas e avenidas, preso entre carros, entre buscas incessantes de ascensão social.
Me vi parado nesse trânsito desde o colégio. Ouvindo, escrevendo e lendo de forma hierarquicamente arquitetada e pautada por deveres e obrigações. Sempre instruído a me padronizar em algo que me libertaria em um futuro remoto.
Voltei. Parado ali, naquela fila atrás de um semáforo me deparei com a verdadeira liberdade. Aquela por trás da fórmula escravagista em que vivemos.
Sim, a ironia dessa cena me alertou sobre a forma sádica em que pautamos nossa existência.
Senti vontade de ali estar, ao lado dele, me libertando em meio ao presídio de segurança máxima que é a nossa sociedade.
Um dia poderemos sonhar juntos, carismático senhor desconhecido. E que possamos!
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